Marketing Invasivo
- Roberta Souza

- 13 de abr.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 3 dias
E se seu cérebro funcionasse no plano gratuito, com anúncios que não dá pra pular em 5 segundos?

No novo episódio de Black Mirror – Pessoas Comuns, uma mulher foi diagnosticada com um tumor no cérebro e uma startup tech oferece um serviço de backup da parte do cérebro que foi afetada e reimplante deste backup por $300 ao mês.
Semanas depois, ela começa a verbalizar anúncios de marcas aleatórias no meio das conversas. Tipo:
— “Oi mãe, tudo bem? Já garantiu sua escova elétrica da Oral B?”
O plot twist? Ela só para de ser um outdoor ambulante se pagar o plus de $800/mês. Parece muito familiar não é mesmo? É uma metáfora brilhante (e assustadora) do que já estamos vivendo.
Apps como YouTube, Spotify, Duolingo, joguinhos de celular… todos adotam o mesmo modelo: plano gratuito com anúncios ou assinatura pra se livrar deles.
Pagamos para ter paz, para não sermos interrompidos, para proteger a atenção — um dos bens mais valiosos da era digital.
Mas o que isso diz sobre nós, como consumidores? E mais importante: o que isso diz sobre nós, criativos e marcas? Estamos merecendo a atenção das pessoas ou só invadindo?

A diferença entre um bom conteúdo e uma propaganda intrusiva está ficando cada vez mais clara — e o público sente. Ignora. Pula. Bloqueia. O episódio de Black Mirror joga essa discussão na nossa cara. E, sinceramente? A provocação é mais do que bem-vinda para o momento em que vivemos.
A atenção do público não se compra — ela se conquista com relevância, respeito e verdade.
Esse post nasceu como um carrossel no Instagram (spoiler: a personagem até faz uma propaganda de mim no final, bem metalinguística 😅).
👁️ Viu o episódio “Pessoas Comuns”?
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